Alexander Fleming


Alexander Fleming
Alexander Fleming – 06/08/1881 Lochfield, Ayrshire, Escócia 11/03/1955, Londres, Inglaterra

Alexander Fleming – A penicilina

Alexander Fleming chegou à descoberta da penicilina e de suas propriedades antibióticas em 1928, ao observar uma cultura de bactérias do tipo estafilococo e o desenvolvimento do mofo a seu redor, onde as bactérias circulam livres. O laboratório de Alexander Fleming estava habitualmente bagunçado, o que resultou em uma grande vantagem para sua importante descoberta. Em Setembro de 1928, Fleming estava realizando vários experimentos em seu laboratório e ao inspecionar suas culturas antigas antes de destruí-las notou que a colônia de um fungo havia crescido espontaneamente, como um contaminante, numa das placas de Petri semeadas com Staphylococcus aureus. Fleming estava prestes a lavar as placas, quando Merlin Pryce, seu antigo assistente, entrou no laboratório e lhe perguntou como iam suas pesquisas. Fleming apanhou novamente as placas para explicar alguns detalhes e então percebeu que, em uma das placas, havia uma área transparente ao redor do mofo, indicando que não havia bactérias naquela região. Aparentemente, o fungo que tinha causado o mofo estava secretando uma substância que matava as bactérias.

Alexander Fleming identificou esse fungo como Penicillium notatum e por isso, chamou a substância produzida por ele de penicilina. Posteriormente, descobriu-se que a penicilina matava também outros tipos de bactérias e o melhor: ela não era tóxica para o corpo humano, o que significava que poderia ser usada como medicamento.
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Ainda que tenha reconhecido imediatamente a importância deste seu achado, seus colegas subestimaram-no, como sempre acontece com as grandes descobertas que mudaram o mundo. Aprofundando sua pesquisa, Alexander Fleming constata que uma cultura líquida de mofo do gênero Penicillium evita o crescimento dos estafilococos. Publica os resultados desses estudos no British Journal of Experimental Pathology em 1929, mas não obtém reconhecimento nem recursos financeiros para aperfeiçoar o produto durante os anos seguintes.

No entanto, o antibiótico despertou o interesse dos investigadores norte-americanos, que durante a Segunda Guerra Mundial tentavam imitar a medicina militar alemã que possuía as sulfamidas. Os farmacêuticos Ernst Boris Chain e Howard Walter Florey descobriram o método de extração e purificação da penicilina como também os ensaios clínicos. Howard Walter Florey, Ernest Boris Chain e Norman Heatley foram os grandes responsáveis para transformar a penicilina em medicamento antibiótico, porém isso somente foi possível após Fleming ter tomado os créditos pela pesquisa clínica gerenciada por Florey.

A produção industrial começou nos Estados Unidos (EUA) no início da II Guerra Mundial. Fleming, Florey e Chain recebem juntos o Nobel de Fisiologia e Medicina de 1945. Alexander Fleming não patenteou sua descoberta, pois achava que assim seria mais fácil a difusão de um produto necessário para o tratamento das numerosas infecções que castigavam a população.

por Ethel Leontine Gabain, óleo sobre tela, 1944

Curiodades
Alexander Fleming foi membro do Chelsea Arts Club, clube privado para artistas fundado em 1891 por sugestão do pintor James McNeil Whistler. Conta-se que Fleming foi admitido no clube depois de realizar “pinturas com germes” e que estas pinturas consistiam em pincelar o lenço com bactérias pigmentadas, as quais eram invisíveis no início, mas que surgiam com intensas cores quando incubadas e crescidas. As espécies bacterianas que utilizava eram:
Serratia marcescens – cor vermelha
Chromobacterium violaceum – cor púrpura
Micrococcus luteus – cor amarela
Micrococcus varians – branca
Micrococcus roseus – cor rosa
Bacillus sp. – alaranjada


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